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Giving space to speak — Final Fantasy XII and its political choices

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Despite the efforts of so many people trying to demonstrate the politics inherent in games, we have a lot of work to be done still. As a product of fiction, a game is produced in a period of time as well as in a place, which puts it in a position of a medium used to represent beliefs and social values from the context it is created. One aspect of its political dimension is related to the narrative it presents and to which characters are given the entitlement of speaking. In fact, we find examples of it in Final Fantasy XII. In a techno-fantasy setting, there are some signs that the producers were concerned with which voices are going to be heard and from which point of view the story is told. Final Fantasy XII is already a very popular title of the franchise, but you may have no idea what it is about, so here goes a very quick overview. In Ivalice there are countries fighting each other and one of them, Archadia, is a military potency that invaded Rabanastre, the city where eve

Between life and death: the questioning of dichotomies in Death Stranding

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At the beginning of Death Stranding, you are certain of two things: you must walk long distances to deliver a variety of packages and you will need to deal with some kind of ghosts that will try to kill you. Simple as that. Whilst it gets along and characters are presented, it is possible to distinguish a characteristic among them. Kojima’s characters have names that sound very obvious and cheesy. Nonetheless, their obviousness has a role: to lead the player in a way of questioning the duality of key notions from their own world.   Before starting Death Stranding, I knew about the character played by Guilherme Del Toro, but I thought he would just be a special guest who would appear for ten minutes. However, his character, Deadman, turns out as a special element in the whole craziness that Death Stranding introduces us. His importance in how the story unfolds is the same as in what he, as well as other elements, represents. Even though the way he is presented, as a type of mons

AI The Somnium Files – uma crítica

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Quais segredos poderíamos descobrir se conseguíssemos olhar dentro da mente de cada um? Esta é a premissa de AI The Somnium Files ,  um visual novel ambientado em um cenário de ficção científica que te coloca no meio de uma investigação. Ele foi escrito por Kotaro Uchikoshi e lançado pela Spike Chunsoft em 2019. No papel de Kaname Date, um policial da unidade ABIS, os primeiros minutos do jogo te apresentam a cena de um violento crime: um corpo é encontrado, preso a um os cavalos de um carrossel, pertencente a um parque de diversões em uma área abandonada da cidade. A peculiaridade do crime é a presença de uma chave de fenda fincada no espaço onde deveria estar o olho esquerdo da vítima. O mistério por trás desse assassinato desenrola uma investigação que amarra crimes de seis anos antes, os segredos do estado, o passado do protagonista e até uma idol da internet, famosa entre os que assistem à sua stream. Cenários muito bem construídos e personagens bem escritos vão con

[Review] Final Fantasy XII - As histórias das ruas de Rabanastre

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A minha história com Final Fantasy XII começou em 2006, seu ano de lançamento. Na época, eu não sabia o nome de seus diretores (Hiroyuki Ito e Hiroshi Minegawa), assim como não tinha noção das mudanças propostas pelo jogo. Na verdade, isso não importava. Afinal, tudo se resumia ao simples fato de ser mais um Final Fantasy e, rapaz, como eu já amava Final Fantasy. Era a época de ouro do Playstation 2, pois você podia ir ao centro da cidade e comprar três jogos por cinco reais. Os catálogos eram infindáveis, já que os donos das banquinhas pareciam ter a mina de ouro dos jogos. O preço justificou o fato de que no natal de 2006 minha mãe comprou Shadow of the Colossus e Final Fantasy XII para mim. Enquanto o primeiro foi uma experiência maravilhosa e eu amei desde o começo, o segundo foi um pouco frustrante. Não me recordo necessariamente de todos os meus sentimentos ao jogá-lo pela primeira vez, mas sei que não encontrar meus maravilhosos combates por turno lá fez com que eu me

Em progresso - Final Fantasy XII Vaan

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Final Fantasy XII é amado por tantas pessoas. Porém, minha história com esse jogo é de angústia e frustração. Enquanto pequeno, aos meus 12 anos de idade, eu achava o jogo, simplesmente... chato. Como poderia gostar daquele jogo com personagens tão simples se eu poderia jogar mais 80 horas de Final Fantasy X. Auron, Tidus, Yuna, Rikku, Lulu (UPS). No entanto, agora, mais maduro, resolvi me desafiar a terminar esse jogo. Eu também preciso liberar um pouco do meu backlog, então, hum, talvez seja bom eu começar com ele que comprei há um ano atrás. A versão do Zodiac Age para Playstation 4 apresenta várias mudanças se eu for comparar com a minha primeira experiência com o jogo. Você corre rápido. Muito rápido. Você também pode escolher as classes dos personagens e, pelo que ouvi, é possível escolher até duas para o mesmo personagem depois de um tempo. Ainda assim, os personagens são os mesmos. O jogador começa toda a história sendo jogado no esgoto de Rabanastre, empreendendo u

A fabulosa aventura de todos nós - Octopath e sua simplicidade

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Octopath Traveler é o tipo de jogo que faz você desejar ficar em casa, por dias, aproveitando da companhia dos oito pequenos personagens representados por pixels. Seus movimentos em telas que simulam o 2D tradicional em um mundo 3D (WOW) te chamam para que você permaneça até o final. Contudo, a riqueza do jogo não apresentou para muitos o equivalente em termos de complexidade da narrativa, o que parece ter sido uma afronta aos fãs hardcores de JRPGs. A inovação pela simplicidade passa despercebida por uma chuva de críticas exigindo o mais do mesmo. Eu entendo. Você viu que era um JRPG e que seria lançado pela Square-Enix. Seu coração entusiasta bateu forte, não é mesmo? Todos sabemos como muitos desses jogos japoneses fizeram parte de nossas infâncias e tiraram lágrimas de nós, mesmo quando tentávamos provar nossa -frágil - masculinidade para os amigos. Só o Paulo de onze anos poderia te contar do desespero de tentar fugir da Evil Forest, em Final Fantasy IX, e ver Blank ser

A Syndra nossa de cada dia

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Nos últimos anos, eu tendo a acreditar que duas situações invocam o pior das pessoas. A primeira delas é o trânsito, a lentidão interminável às cinco horas da tarde. Você só queria ir para casa e dar conta da fome que te consome. Oh boy, você até sente o cheiro da água fervendo em que você teria acabado de colocar seu miojo. A recompensa dos merecedores. Por outro lado, existem as partidas da moba. O tipo de jogo que hoje deve ser um dos centrais tem a capacidade de te colocar em situações cujos desdobramentos são menos do que lastimáveis. Embora improvável, a situação de uma partida de Legue of Legends pode te levar a pensar mais sobre a vida do que você imagina. Só não garanto se tratar de uma reflexão otimista. Ops.